Deus criou o homem conforme a sua imagem e semelhança (Gn 1.27): em pureza, inocência, sabedoria, bondade, verdadeiramente semelhante ao seu Criador. Colocou-o num jardim, que Ele mesmo plantara, o Éden (ou “paraíso”, “lugar de deleite”).
Depois de algum tempo, após receber e cumprir uma tarefa especial, isto é, dar nomes aos animais criados, Adão sentiu-se só (Gn 2.19-20). Não havia entre todos os animais nenhum sequer que se parecesse com ele, com o qual pudesse dividir seu coração, seus sonhos, seus anseios, projetos; que tivesse sensibilidade para compartilhar os pensamentos de seu coração.
O Senhor, então, fez Adão dormir o sono da anestesia. Que ele não sentisse dor alguma ao ser retirada uma costela de seu próprio corpo. E esta seria transformada em doce companheira e ajudadora idônea (Gn 2.21-22). Assim surgiu a mulher: foi feita sob medida para o homem. Foi formada da cálida matéria prima existente: do corpo de Adão. Ela provinha de um lugar de honra: cobria o coração daquele que seria o seu amado.
A mulher é esse ser maravilhoso semelhante ao homem; entretanto, cheia de beleza diferente e especial; de sensibilidade e intuição; de delicadeza e meiguice, tanto no falar como no comportamento; e de um romantismo muito característico, que permanece até hoje, na mulher do século XXI.
No Éden, o primeiro casal viveu sua lua-de-mel. Ali, Adão e Eva experimentaram dias de refrigério na presença de seu Deus e Criador. Eles podiam conversar todos os dias com Aquele que sabe todas as coisas e tirar suas dúvidas, aprender sua vontade, entender os seus planos de amor para sua descendência.
A mulher foi chamada “varoa”, porquanto do varão fora tomada (Gn 2:23). Com este nome, ela deveria sempre se lembrar da finalidade de sua existência: ser ajudadora de seu marido; companheira; constituía-se numa parte do próprio marido (os dois seriam: “uma só carne”).
Em Gn 5.2, ambos foram chamados “Adão” pelo próprio Deus. Homem e mulher seriam esse ser plural, que se completa; criados com o fim de glorificar a Deus e experimentar a comunhão com Ele para sempre. Este nome especial e único, dado por Deus, tem um significado importantíssimo para a realização do casal: a partir do momento do casamento, os dois são apenas “um” diante de Deus. Deveriam se completar e se conhecer com intimidade, alegrando o coração de Deus, o seu Criador e Senhor.
A narrativa bíblica descreve como entrou na raça humana o pecado. O primeiro casal desobedeceu a Deus, comendo do fruto que o Senhor havia proibido (da árvore do conhecimento do bem e do mal). Após a palavra do Senhor sobre as consequências de seu pecado, Adão deu à sua esposa o nome de “Eva”, por ser a mãe de todos os seres humanos (Gn 3.20).
Nestes três nomes dados à primeira mulher, encontramos verdades fundamentais que devem servir de reflexão para cada mulher (principalmente as casadas). Como criatura especialmente formada por Deus a partir da costela do homem, entendemos que a mulher precisa da proteção masculina (primeiramente do pai, depois, do marido). Esta verdade é encenada em cada cerimônia de casamento que assistimos: o pai da moça a conduz até o noivo. Com um beijo, este se despede da filha e a entrega àquele que será seu marido a partir daquele momento. É como se estivesse dizendo ao noivo: “Olha, jovem, até aqui eu cuidei de minha filha com todo carinho. Agora eu a estou entregando a você. Cuide bem dela: de sua saúde física, emocional e espiritual. Proteja-a e ame-a, como Deus espera de você”.
E, dentro desta característica de “ser frágil”, “necessitada de proteção”, enquadra-se a palavra dirigida à mulher após o pecado: “Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás a luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará” (Gn 3.16). Deus estava tornando a mulher ainda mais necessitada de proteção (com o fato de uma gravidez sofrida) e a colocava em posição de submissão ao marido.
Essa submissão era para lhe conferir proteção. Não tem o caráter de subserviência ou de ser inferior ao marido; pelo contrário, a mulher deveria ser protegida e amada como ao próprio corpo. O marido lhe devia amor e honra, para desfrutar da verdadeira felicidade como família (Ef 5.25-33).
A cobertura de proteção que deve envolver a mulher está diretamente ligada à sua submissão à autoridade de seu marido. A palavra final deve ser dele. A responsabilidade do lar será cobrada do marido. Ele deve estar sujeito a Cristo e amar a sua esposa, assim “como Cristo amou a Igreja e se entregou a si mesmo por ela” (Ef 5.25).
Eva, a primeira mulher, nos faz lembrar a razão de ser “mulher”. Eva foi enganada pela serpente e trouxe para as mulheres atuais a mensagem da “cobertura” e da “proteção”, por meio da submissão. Terríveis e falsas doutrinas foram fundadas por mulheres que não estavam debaixo de autoridade e se perderam em heresias. Temos o exemplo de Mary Baker Eddy, fundadora da Ciência Cristã: negando as doutrinas essenciais do Cristianismo (a Trindade, a divindade de Cristo, a existência do “pecado”, da enfermidade, da morte e de Satanás). Somente pessoas iludidas e “cegas espiritualmente” podem crer em tal absurdo. A história da vida dessa mulher mostra como ela era dominadora e rebelde.
O nome “Eva” nos fala da maternidade. Do dom excepcional de gerar filhos e deixar a maior contribuição para a humanidade: pessoas bem criadas, equilibradas, felizes e que conhecem a Deus. Ser mãe é privilégio indescritível e traz a doce recompensa de um filho sábio, que alegra o coração de Deus e de seus pais. Que cada mãe, esposa, filha; que cada mulher de Deus seja fiel ao seu chamado, seja feliz cumprindo o seu digno e especial papel.
Ser mulher é ser jóia preciosa
Cujo preço muito excede ao dos rubis.
Ser mulher é se vestir da dignidade,
Da força, do amor e da verdade.
É viver na humildade do serviço,
Da missão que a ela é confiada,
A tarefa mais gloriosa em recompensa:
Ser coluna, ser esteio, fortaleza,
É suster, com alegre mansidão,
A família, com doçura e gratidão.
Querida irmã: cumpra seu papel como mulher de Deus. Seja prestativa, delicada, mansa, obediente ao Senhor. Deixe que Ele cuide de você e te conduza em seus caminhos, pois são perfeitos.
Eis algumas perguntas, para você responder e refletir: Você compreende o seu papel, e tem vivido para a glória de Deus como “mulher”? (Pv 31.10-31) - Se você é casada, tem cumprido a ordem do Senhor de ser submissa ao seu marido? (Ef 5.22-24) – Quem dá a palavra decisiva na sua casa? (1Co 11.3) – Você sabe se calar, quando precisa, e fala com sabedoria no momento certo? (Pv 15.1) – Você, que é solteira, tem honrado seus pais? (Ef 6.1-3) – Você se considera “uma mulher sábia”? (Pv 14.1) – Há alguma coisa que precisa mudar em sua vida, para que você seja realmente feliz, dentro do contexto da Palavra de Deus? (Sl 139.23-24).
Por; Angela Valadão
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